ESSENCIAL | Cargos e responsabilidades na repintura

 

O surgimento de avanços tecnológicos na reparação automotiva demandou uma necessidade  de adaptação constante na área de repintura da oficina. Este aperfeiçoamento não se limita ao treinamento dos profissionais. Ele também implica mudanças na organização e separação de atividades dos que trabalham nesse setor.

Embora seja praticamente impossível encontrar duas oficinas com estruturas e equipes idênticas de profissionais, podemos apontar uma estrutura básica de distribuição de atividades, capaz de auxiliar na produtividade.

PREPARADOR

Esse profissional é o responsável por uma série de atribuições, que visam à aplicação das pinturas de fundo, que irão proteger a chapa contra corrosão e promover aderência para a repintura. As principais atividades do preparador são as seguintes:

– Correção e proteção da superfície: é a etapa em que se faz a correção de pequenas imperfeições provenientes da funilaria, e a chapa é protegida da corrosão. São pequenos defeitos, como riscos de lima, marcas de martelo e de tasso.

– Isolamento e calafetação: quando é feita a aplicação de primer PU e dos calafetadores. O objetivo é corrigir as últimas imperfeições da superfície antes da repintura, isolando as camadas anteriores e protegendo as junções de chapa contra a penetração de água. Também visa a isolar as regiões em que ocorre projeção de cascalho das rodas com um emborrachamento do tipo “batida de pedra”.


COLORISTA

A maioria das oficinas com giro superior a 50 veículos por mês possui uma máquina de mixing para a produção das cores. O profissional dessa área possui uma série de atribuições que englobam:

– Produção e ajuste das cores.

– Elaboração de um banco de cores.

– Criação de uma tabela de referência, que aponte a quantidade de material por peça de carro (como, por exemplo, quantos gramas de tinta são necessários para a pintura de um para-lama).

Em algumas oficinas, o colorista também prepara o primer e o verniz. Isto é importante, pois ele desenvolve a noção de quanto se prepara de material por peça.

PINTOR

É o profissional que trabalha na cabine de pintura, realizando a aplicação de tinta e verniz para acabamentos bicamada, e tintas poliuretânicas para acabamento monocamada.

Vale frisar que a função dele é apenas a de fazer a pintura de acabamento – não é ele quem faz o mascaramento, por exemplo (esse processo faz parte da preparação). O pintor recebe o veículo em frente à cabine e entra com ele no local. Enquanto um preparador faz a finalização de detalhes do mascaramento (rodas, porta do motorista, etc.), o pintor retira a tinta e o verniz com o colorista (o verniz deve ser catalisado apenas quando for aplicado). Após a finalização do mascaramento, o pintor fecha a cabine, aciona o insuflamento de ar para a pintura e segue com a retirada das impurezas sobre a superfície, usando desengraxante e pano pega-pó. Em seguida, o pintor faz a aplicação da tinta e do verniz, aguarda o tempo de “flash-off” e seca a pintura na própria cabine, em estufa conjugada, ou fora da cabine, em um painel infravermelho – dependendo da condição da oficina e do tamanho da área pintada.

POLIDOR

O trabalho desse profissional depende, principalmente, de todo o processo anterior – que vai determinar a necessidade de polimento localizado ou completo. O acabamento deve ser feito antes da montagem do veículo, de modo a evitar problemas, como resíduos de massa em frisos e borrachas, assim como falhas próximas a essas áreas.


ENCARREGADO DA PINTURA

É o responsável direto pelos resultados obtidos pela área de repintura. Como encarregado, atua em diversas funções de responsabilidade, como:

– Recepção do veículo – avalia a funilaria realizada.

– Treinamento dos profissionais – verifica a necessidade e cria a condição.

– Alocação dos produtivos – identifica onde cada profissional se adapta melhor.

– Determinação do fluxo – aponta o próximo carro a entrar na cabine.

– Motivação da equipe – analisa qual a necessidade de cada um da equipe, estabelecendo bonificações, avaliando os desempenhos, etc.

– Análise da necessidade de equipamentos – quais e quantos.

– Controle da manutenção dos equipamentos.

Deixe seu comentário

Seu endereço de e-mail não será publicado.