As novas tecnologias dos veículos mais modernos incluem também equipamentos de segurança além daqueles que já eram obrigatórios – como ABS e airbags. Com a chegada desses modelos mais tecnológicos às oficinas, surgem novos desafios ao reparador. Sua estrutura e sua equipe estão preparadas para lidar com esses recursos?

Dentre as novidades estão os veículos equipados com sistemas ADAS (Advanced Driver Assistance System, ou sistemas avançados de assistência à condução), que englobam recursos que auxiliam o condutor em situações de risco. Um exemplo é o sistema de permanência em faixa, que atua no volante ao identificar que o veículo está saindo da faixa de rolagem sem o motorista sinalizar, o que pode indicar uma distração. Também é considerado um equipamento ADAS o alerta de ponto cego, que sinaliza ao motorista que há elementos nas áreas que ele não consegue enxergar.

Outro equipamento que já equipa modelos no Brasil é o sistema de frenagem autônoma, também conhecido como AEB (Autonomous Emergency Brake), que se caracteriza por frear o veículo em situações de risco de colisão frontal. Trata-se de outro recurso que funciona sem a necessidade de atuação do motorista.

É importante entender que a reparação de um veículo com esses sistemas também exige um conhecimento mais apurado do técnico, pois há a necessidade de calibração. Isso ocorre porque os sensores (câmeras, radares e sensores de aproximação) que atuam para que eles funcionem ficam instalados em para-brisas ou para-choques dianteiros e, na substituição ou reparação dessas peças, é necessário fazer a calibração dos dispositivos – com sistemas próprios para isso. Esses equipamentos de calibração detêm figuras e painéis padrões que regulam as câmeras, radares ou outros sistemas para que o veículo volte a identificar as distâncias dos veículos à frente em uma situação de trânsito, por exemplo. Também asseguram que o carro irá identificar as faixas pintadas nas rodovias, podendo assim alertar corretamente o motorista quando ele sair da faixa por uma distração.

Esses e outros sistemas ADAS devem ser estudados pelo reparador para identificar a necessidade de calibração do modelo que está na oficina, gerando assim menos retrabalho, além de garantir a satisfação e a segurança ao cliente.

TEXTO: Alessandro Rubio