No mercado de peças para reposição, qualidade é palavra-chave. Afinal, ninguém deseja arriscar a sua segurança e a de seu veículo com peças que possam causar transtornos e demandar custos redobrados.
No momento de comprar, a tendência é a busca pelos menores preços, mas descuidar das características técnicas do produto que se adquire pode significar despesas ocultas.
Muitas vezes a diferença em relação ao custo das peças está condicionada à matéria-prima utilizada na fabricação. Gerente de engenharia da Susin Francescutti, Nelson Bassanesi exemplifica a partir do virabrequim, peça que, na empresa em que atua, é produzida com aço forjado, mas que pode ser encontrada no mercado em ferro fundido. “Pelo material que utilizamos, a matéria-prima custa de quatro a cinco vezes mais. Entretanto, o valor reflete na garantia de resistência e durabilidade superiores.” O gerente acredita que para o consumidor não errar na hora da compra, o conhecimento técnico dos profissionais que adquirem os itens é fundamental.
O material utilizado na fabricação das peças influencia diretamente na vida útil do motor. Itens com matérias-primas muito inferiores apresentam maior risco de quebra, que pode até danificar o bloco e inutilizar o motor. Mesmo não provocando perda total do motor, a quebra de um virabrequim, por exemplo, pode demandar a substituição de várias outras peças. “Bronzina, juntas, colas, além da mão de obra, que unidos representam um gasto bastante elevado”, ilustra Bassanesi. Soma-se ao transtorno o tempo gasto nesse processo.
O gerente de engenharia também lembra que se a peça não tiver um tamanho adequado, especialmente o comando de válvulas, isso pode acarretar um consumo maior de combustível, e a economia na hora da aquisição é superada com perdas na eficiência do motor.
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