O CESVI BRASIL realizou mais um crash-test de baixa velocidade com um veículo da Volkswagen. O objetivo foi determinar a classificação do modelo de acordo com sua reparabilidade, com base em ensaios de impacto que seguem a norma do RCAR (Research Council for Automobile Repairs) – um conselho internacional de centros de pesquisa como o CESVI –, reproduzindo as batidas de trânsito mais comuns do dia a dia. O modelo da vez foi o Novo SpaceFox – veículo único em sua categoria na classificação do CAR Group. Tanto no impacto dianteiro quanto no traseiro, o veículo apresentou um comportamento estrutural satisfatório.
Após a coleta e compilação dos dados, o CESVI concluiu que as características construtivas do projeto do veículo, somadas a um preço equilibrado das peças, fizeram com que o SpaceFox se tornasse uma referência em reparabilidade, com uma classificação 20 no ranking CAR Group.
A seguir, você confere os detalhes dessa análise.
DADOS DO VEÍCULO
Marca – Volkswagen
Modelo – SpaceFox
Versão – Trendline
Ano de fabricação – 2015
Tipo de carroceria – Monobloco
Peso em ordem de marcha – 1.151 kg
Motor – 1.6 MSI
Potência – 120 cv
Combustível – Flex
CAR GROUP
CATEGORIA
SW Compacta
POSIÇÃO ATUAL
1º
MONTADORA
Volkswagen
VEÍCULO
SpaceFox
JUN
20
IMPACTO DIANTEIRO
O veículo possui componentes de absorção do impacto que facilitaram sua reparação. Após o teste, foi verificado que sua travessa frontal com crash-box evitou danos severos à longarina. Porém, mesmo com componentes de absorção de energia, algumas peças afetadas tiveram de ser substituídas: capô, front-end, para-choque dianteiro, grades para ventilação do radiador e conjunto óptico da lateral esquerda.
Ainda assim, o tempo total da reparação dianteira foi de 12,30 horas, incluindo o tempo de pintura dos componentes. Com isso, o custo total da reparação dianteira do veículo foi considerado satisfatório pelo CESVI.
Capô
Por causa da longa extensão da estrutura do capô, não foi possível evitar o contato com a barreira de impacto durante o ensaio. Após análise dos danos apresentados, verificou-se que o tempo para o reparo do componente seria elevado, tornando o custo de reparação e pintura mais alto do que seria apenas para a substituição do componente.
Front-end
O componente apresentou danos em toda a sua estrutura, exigindo substituição. Mas poupou componentes mecânicos, como radiador e condensador do ar-condicionado, geralmente afetados nesse tipo de impacto. Isso fez com que apenas o custo do front-end fosse contemplado no preço de peças substituídas na dianteira, diminuindo assim o custo final da reparação.
Para-choque dianteiro
O componente foi substituído devido aos danos provocados, com deformações e rupturas, inviabilizando a reparação em plástico.
Para-lama
Na lateral esquerda, o para-lama obteve danos leves, com o deslocamento do conjunto óptico no momento do impacto. O componente foi passível de reparo, mas precisou passar por um processo de pintura, agregando um tempo a mais na reparação dianteira.
PEÇAS AFETADAS NO IMPACTO DIANTEIRO
Para-choque dianteiro (capa) – Substituição
Grade do radiador (inferior) – Substituição
Grade do radiador (superior) – Substituição
Conjunto óptico dianteiro LE – Substituição
Capô – Substituição
Front-end – Substituição
Etiqueta do ar-condicionado – Substituição
Etiqueta compartimento do motor ventilador – Substituição
Etiqueta compartimento do motor ventilador – Substituição
Travessa frontal com crash-box – Substituição
Dobradiça do capô LE – Substituição
Dobradiça do capô LD – Substituição
Para-lama LE – Reparação
Longarina – Reparação
Flange da extremidade da longarina – Reparação
TMO (tempo de mão de obra) REPARAÇÃO DIANTEIRA
Funilaria – 5,33
Mecânica – 0,00
Pintura – 6,97
Tempo total de reparação dianteira – 12,30
IMPACTO TRASEIRO
O impacto traseiro provocou danos em sete peças, sendo quatro passíveis de reparação, o que diminuiu o custo de peças substituídas.
O tempo total da reparação, contemplando pintura e funilaria, foi de 9,45 horas. O custo de peças substituídas também não foi alto graças ao pequeno número de peças afetadas no impacto traseiro. A conclusão: o SpaceFox teve um excelente comportamento estrutural no crash-test traseiro.
Para-choque traseiro
Foi reparado por conta de um leve dano apresentado em sua estrutura. O componente passou pelo processo de repintura, mas seu custo de reparo foi baixo.
Painel traseiro
O componente também apresentou leve deformação, isso graças à eficiência da absorção de impacto feita pela travessa traseira com crash-box. O painel passou por um rápido processo de estiramento e um leve retoque em sua pintura.
Tampa do porta-malas
Esse item apresentou uma deformação na região do impacto por conta de a altura da tampa ser um pouco baixa. Porém, mesmo com os danos apresentados, o componente pôde ser reparado.
PEÇAS AFETADAS NO IMPACTO TRASEIRO
Régua do para-choque – Substituição
Travessa traseira com crash-box – Substituição
Aplique da lanterna – Substituição
Para-choque traseiro (capa) – Reparação
Painel traseiro (face externa) – Reparação
Longarina LD – Reparação
Tampa traseira – Reparação
TMO REPARAÇÃO TRASEIRA
Funilaria – 5,35
Mecânica – 0,00
Pintura – 4,10
Tempo total de reparação traseira – 9,45
TEXTO: Bruno Honorato
Matéria originalmente publicada na Revista CESVI (agosto/2015)