De acordo com Jessé Paegle, da SAE Brasil, o simpósio – que será realizado nos dias 8 e 9 de junho, na sede do IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas), em São Paulo – servirá para mostrar que o “Brasil já domina e produz a tecnologia necessária para garantir células de sobrevivência mais seguras e que consomem menos combustível”. Hoje, diz ele, “não há necessidade de importar esses materiais, o que encareceria o produto final”. Paegle destaca que a estrutura representa, no máximo, de 10% a 15% do valor total do carro e que, para ampliar a segurança de duas para cinco estrelas – método utilizado pelo Latin NCAP para avaliar esta questão –, o “custo ficaria praticamente igual”. A isso soma-se o fato de que “estrutura mais robusta e segura diminui a emissão de poluentes, porque ela reduz o peso do carro”, salienta.
Paegle diz que reunir os fabricantes de carros para troca de experiências sempre foi a finalidade do evento – inspirado em encontros similares realizados na Ásia e Europa. “A ideia é que as montadoras criem uma cultura de compartilhamento do que está dando certo não só durante o simpósio, mas de forma mais permanente”. Estão confirmadas as apresentações, ao lado das respectivas carrocerias, de executivos da Fiat, Ford, General Motors, Honda, Mercedes-Benz, PSA Peugeot Citroën, Renault e Volkswagen, que mostrarão as soluções que utilizam para ampliar a segurança.
Outro destaque do Simpósio SAE BRASIL CarBody 2016 será a apresentação de Alejandro Furas, secretário geral do Latin NCAP – Programa de Avaliação de Carros Novos para a América Latina e o Caribe, responsável por oferecer informação independente sobre o nível de segurança dos diferentes modelos de carro do mercado, por meio de métodos de ensaio que qualificam entre 0 e 5 estrelas a proteção oferecida pelos veículos a seus ocupantes, adultos e crianças.