Para que os freios estejam em bom funcionamento, é necessário fazer a manutenção de discos, pastilhas, tambor e sapatas (esse último item utilizado nos freios traseiros a tambor).
Alguns veículos possuem dispositivos que podem indicar o nível de desgaste que as pastilhas já sofreram. Um desses dispositivos é eletrônico: um sensor que acenderá uma luz amarela no painel quando a pastilha atingir o nível máximo de desgaste.
Outro dispositivo de alerta é um batente metálico que a pastilha possui. Quando chega ao nível máximo de desgaste, o batente em contato com o disco de freio vai produzir um ruído, alertando que já está na hora de substituir a pastilha.
Quando o veículo não possui esses dispositivos, será necessário checar visualmente o nível de desgaste da espessura do material de atrito da pastilha, sendo recomendado que não seja inferior a 2 mm das partes metálicas.
SUBSTITUIÇÃO
Porém, tão importante quanto a verificação, é a substituição. Uma substituição malfeita pode deixar o veículo sem freio.
Para a substituição de peças de freio em veículos sem ABS, como pastilhas e sapatas, o processo é mais simples, pois não exige grandes esforços ou processo para realizar a substituição – desmontagem da roda, desmontagem parcial do freio, substituição do componente gasto por um novo.
Já para veículo com ABS, sistema obrigatório em todos os automóveis novos a partir de 2014, o processo se altera um pouco. Alguns exigem que a substituição seja feita utilizando também um scanner automotivo, que recua eletronicamente os êmbolos do freio e permite realizar a troca da pastilha ou das sapatas evitando que bolhas de ar entrem no fluido de freio. Essas bolhas podem provocar mau funcionamento do freio, com o risco de haver redução na altura do pedal de freio e perda de eficiência na frenagem.
A sangria do freio e a prevenção de contaminação do fluido é de grande importância para que o sistema esteja em pleno funcionamento. Partículas de sujeira no fluido podem obstruir a passagem pelo módulo hidráulico e deixar o sistema de freio inoperante.
Vale lembrar que, em caso de dúvidas e complicações, leve seu veículo a uma oficina especializada para uma inspeção técnica.
TEXTO: Luiz Marcos Gonçalves Júnior