A oficina Fran Imports é um case de sucesso no setor da reparação automotiva. Num período de sete anos, a reparadora soube virar a mesa: de uma operação deficitária, saltou para um modelo de negócio lucrativo, mesmo tendo de reduzir a equipe.
Em 2009, uma média de 425 carros passaram por mês na Fran, que na época contava com 55 colaboradores. Naquele ano, o prejuízo foi elevado: a empresa terminou com um saldo devedor no banco de cerca de R$ 300 mil.
Já no ano passado, a situação foi bem diferente. Com apenas 19 colaboradores – em vez dos 55 de seis anos atrás –, a oficina reparou uma média de 166 veículos mensais. E, numa prova de que quantidade nem sempre é qualidade no mercado reparador, viu suas contas melhorarem muito. O saldo positivo no ano foi de R$ 500 mil.
Segundo a direção da empresa, os fatores responsáveis pela mudança foram: estímulo ao comprometimento dos colaboradores; treinamento dos profissionais que precisavam aprimorar a técnica; melhorias de gestão, gastando menos com água, luz e telefone, e também com o espaço de trabalho (operam agora num espaço menor, com aluguel mais baixo); e a opção por trabalhar mais com veículos que tenham peças de giro rápido.
As boas práticas também são notórias na empresa, com profissionais utilizando corretamente os EPIs e boa estrutura de equipamentos e processos. A área de funilaria tem bancada de estiramento 360 graus, máquina de solda Mig/Mag e ferramentas pneumáticas. A parte de pintura tem box de preparação com planos aspirantes e cortinas automatizadas, cabines de pintura, infravermelho automático e lixadeiras roto-orbitais.
A Fran Imports trabalha com o Órion e outros sistemas de orçamentação e atualmente tem tíquete médio de R$ 2.200.
Na busca pela melhoria de processos, a diretoria da oficina visitou o CESVIMAP na Espanha, onde viu de perto as tecnologias de ponta e a qualidade dos treinamentos.
E hoje todo esse empenho e visão transformaram a Fran Imports num exemplo de oficina que tem colhido os frutos de um trabalho bem feito, mais enxuto e lucrativo.
TEXTO: Erivan Prado