Desde 29 de outubro, o Brasil passou a ser o quarto mercado automotivo global a adotar o sistema de etiquetagem de pneus como métrica de qualidade e segurança, um processo que nasceu no Japão, em 2010, e que foi adotado pela Europa e Coreia do Sul em 2012.
A partir de agora, todos os pneus radiais produzidos e importados – usados em veículos de passeio, camionetes, pick-ups, SUVs, caminhões e ônibus – devem seguir as diretrizes do Programa Brasileiro de Etiquetagem (PBE), definido pelo INMETRO, em três parâmetros de desempenho: resistência ao rolamento, aderência em pista molhada e ruído externo (poluição sonora). As performances nos testes estarão expressas em etiquetas coladas à banda de rodagem do pneu.
A importância da etiquetagem sob a ótica do consumidor pode ser avaliada pela pesquisa da consultoria MarketQuest com consumidores do Reino Unido, Alemanha, França, Itália, Espanha e Polônia, um ano após a implantação do sistema na Europa. A conclusão: 71% dos entrevistados foram diretamente influenciados em suas decisões de compra pelas informações presentes nas etiquetas.
Dentre as classificações que mais chamam a atenção do consumidor está a aderência em piso molhado. Mais da metade dos entrevistados (52%) passaram a buscar essa informação, vindo em seguida o item resistência ao rolamento (47%) e poluição sonora (41%).
“A etiquetagem representa uma ação de respeito ao consumidor, que agora passa a ter mais informações sobre o produto, a entender melhor as diferenças existentes entre cada tipo de pneu, sua diversidade de aplicações e performance individual”, afirma Milton Favaro Junior, diretor-presidente da Associação Brasileira dos Importadores e Distribuidores de Pneus (Abidip).