CRASH-TEST | Novo Celer

 

Primeiro modelo da chinesa Chery a ser produzido na nova fábrica da montadora, em Jacareí, no interior de São Paulo, o Novo Celer – reestilizado – teve suas versões hatch e sedan estudadas pelos engenheiros e técnicos do CESVI BRASIL, para avaliação de sua reparabilidade e o desempenho em outros índices criados pelo centro de pesquisa.

Ao longo do estudo, o CESVI fez algumas recomendações para a montadora no sentido de aprimorar a reparabilidade de seus modelos, como você verá ao longo desta matéria. E um deles se destacou: a versão sedan foi classificada com o segundo melhor CAR Group de sua categoria, 22, atrás apenas do Etios, da Toyota.

 

IMPACTO DIANTEIRO

O CESVI realizou crash-tests de baixa velocidade com o objetivo de determinar a reparabilidade dos veículos, com base nos ensaios de impacto normalizados e aceitos segundo a normal internacional do RCAR. A conclusão foi de que o Novo Celer teve bom comportamento estrutural nas colisões – tendo desempenho idêntico nas versões hatch e sedan.

 

Conjunto óptico

O componente teve quebra nos pontos de fixação, e por isso precisou ser substituído. O CESVI não recomenda a reparação nesses pontos, o que tornaria o conjunto mais frágil na eventualidade de novas batidas.

Como a carcaça do componente não quebrou, o CESVI sugeriu que a montadora adotasse um kit de reparo nos pontos de fixação do conjunto óptico. Isso viabilizaria a troca apenas dos pontos de fixação, não sendo necessário trocar o conjunto óptico inteiro, reduzindo assim o custo do reparo.

 

Longarina dianteira

A longarina da lateral esquerda sofreu danos em sua extremidade, deformando os seus pontos fusíveis – por isso, precisou ser trocada. Porém, a peça disponibilizada pela montadora para reposição é inteiriça. Assim, foi necessário fazer o corte da peça e soldar apenas sua ponta.

O CESVI sugeriu que a montadora estudasse a possibilidade de adotar uma travessa frontal com crash-box. Com essa travessa, provavelmente os danos seriam reduzidos na longarina e em componentes adjacentes, possibilitando talvez a reparação.

O CESVI também sugeriu estudar a possibilidade de oferecer apenas a ponta da longarina, para os casos de reparo de batidas em baixa velocidade.

 

IMPACTO TRASEIRO

Mais uma vez, houve um bom comportamento estrutural por parte tanto da versão hatch quanto do Celer Sedan. Ainda assim, o CESVI fez recomendações visando à minimização do custo do reparo. Confira os principais destaques do estudo relacionado ao impacto traseiro.

 

Travessa traseira (Hatch)

A travessa traseira do veículo não tem crash-box, o que reduziria os danos na longarina e em componentes adjacentes. Por isso, a energia do impacto acabou tendo de ser absorvida pelos pontos fusíveis da longarina, inviabilizando a sua reparação.

 

Assoalho do porta-malas (Hatch)

O componente teve deformações em sua estrutura, mas foi possível fazer o reparo no estiramento, permitindo recuperar as características originais da peça.

 

Longarina traseira (Sedan)

A longarina na lateral direita apresentou danos apenas em sua extremidade, o que possibilitou a substituição parcial. Porém, como mencionado no estudo do impacto dianteiro, a peça é disponibilizada inteira pela montadora. Por isso, foi necessário fazer o corte da peça e soldar apenas a ponta da longarina.

O CESVI sugeriu para a montadora estudar a possibilidade de disponibilizar também apenas a ponta da longarina, para reparos de impactos de baixa velocidade.

 

Para conferir a matéria completa, com a tabela das peças afetadas nos impactos dianteiro e traseiro, acesse esta edição da Revista CESVI na internet.

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