O cheiro característico dos veículos zero-quilômetro não vem do acaso. Ele é muito bem pensado nas montadoras por profissionais especializados em aromas.
Os osmólogos, como são chamados, avaliam os odores de cada material que compõe o interior do carro, como plásticos, tecidos e espumas.
“Não criamos um aroma artificial. Realizamos diversos ensaios, tanto nas peças quanto no veículo completo, para garantir um odor neutro e agradável”, diz Michael Matz, supervisor do centro tecnológico de materiais da Volkswagen do Brasil.
Foi a partir dos anos 1990 que surgiram os primeiros times de “cheiradores” profissionais na indústria automobilística. O motivo foi o aumento no número de materiais empregados na cabine, o que intensificou a mistura de odores dentro do veículo.
“Até a década de 1980, boa parte do interior do carro era feita de ferro pintado. Com o aumento da preocupação com a segurança, passou a ser utilizada uma série de materiais plásticos”, afirma Lothar Wernighaus, instrutor técnico da Audi.
Também foram adicionados solventes e colas, cujos vapores podem ser tóxicos. “Foi aí que as empresas começaram a se preocupar com o cheiro do carro”, diz Wernighaus. “Primeiro, pensando na saúde dos consumidores e, depois, em qual odor eles gostariam de sentir.”
Confira aqui a matéria completa da Folha de S. Paulo.