As correias de acessórios ficam na parte frontal do motor e, de acordo com o posicionamento deste no veículo, elas podem ficar muito próximas de partes estruturais, como longarinas (motor transversal), painel frontal e conjunto do radiador (motor longitudinal). Dependendo da gravidade do impacto numa batida, elas podem ser afetadas.
Geralmente, os veículos usam dois tipos de correias de acessórios: as Poli-V e as correias em V. Ao realizar a sua substituição, é importante verificar o tensionamento especificado para cada veículo.
O tensionamento de correias pode sofrer as seguintes variações:
1 – Tensão ideal: deve ser a mais baixa possível, sem que ocorra deslizamento, mesmo com picos de carga. São especificadas pelo fabricante do veículo em manuais de reparação.
2 – Tensão baixa: provoca deslizamento e, consequentemente, produção de calor excessivo nas correias, ocasionando danos prematuros.
3 – Tensão alta: reduz a vida útil das correias e dos rolamentos dos eixos das polias.
A tensão da correia deve ser verificada no centro do comprimento entre as polias. De maneira geral, deve ser de 90o, meia volta, o que significa que, ao torcer a correia, ela terá uma força considerável nessa posição. Caso sua tensão seja baixa, acabará passando desses valores, podendo dar mais de meia volta. Já com tensão demasiada, não conseguirá chegar a meia volta.
É importante sempre substituir a correia por uma igualmente especificada pelo fabricante do veículo, e prestar atenção se a correia possui sentido de giro e mantém o mesmo padrão.
Tanto as polias quanto os rolamentos e o tensionador da correia devem ser verificados, observando o seu correto alinhamento. Fique de olho também em folgas, trincas, vibrações, desgastes, oxidações, danos e impurezas.
Confira a seguir alguns problemas que podem acontecer com a correia e suas possíveis causas:
CORREIA COM CHIADO
1 – Grande carga no arranque ou excessiva sobrecarga, devendo ser ajustada a sua tensão.
2 – Sujeira na parte lateral da correia, exigindo limpeza.
VIBRAÇÃO EXCESSIVA
1 – Correias com pouca tensão, precisando de ajuste.
2 – Desalinhamento de polias, devendo ser revista sua instalação e correto alinhamento.
CORREIAS QUE VIRAM NO CANAL DA POLIA
1 – Correias com rasgos ou estrias, exigindo substituição.
2 – Vibração excessiva, precisando de ajuste da tensão da correia.
3 – Polias gastas, exigindo substituição.
4 – Desalinhamento entre polia e eixos, devendo realinhar o sistema.
QUEBRA PREMATURA DAS CORREIAS
1 – Correias danificadas na instalação, seguir manual de procedimentos de instalação de correias.
CURTA DURAÇÃO DAS CORREIAS
1 – Óleo ou graxa nas correias, devendo realizar limpeza da polia e da correia. Evite pulverizar o motor com óleo ou querosene.
2 – Desgaste excessivo ou estrias causadas por roçar em cortes ou obstrução, devendo ser retirada a obstrução e fazer o alinhamento das polias.
3 – Queimadura pelo patinar da polia motora, devendo tensionar corretamente a correia.
4 – Polias gastas, substituir polias.
É importante lembrar-se de nunca instalar no mesmo conjunto correias novas com correias usadas, para não gerar desigualdade de funcionamento. Verifique o estado da correia nova antes da instalação, quanto a trincas e rasgos.
TEXTO: Daniel Lauri Henriksen