A diferença entre o processo tricoat e o processo de pintura convencional fica na formulação da camada de pérola e no processo de aplicação.
Na repintura convencional, quando a pintura é bicamada, o processo se caracteriza pela aplicação da base e depois o verniz. Já na repintura tricoat há a aplicação da base, da camada de pérola e posteriormente do verniz. Essa camada de pérola recebe pigmentos adicionais que vão proporcionar os efeitos diferenciados na cor. Esses pigmentos, também chamados de pigmentação pérola, podem ser pó ou líquido. Já a camada de verniz tem o objetivo de proteger a base e dar brilho à pintura.
Acerto de cor é mais complexo no tricoat
O acerto de cores em pintura tricoat pode ser mais complexo, pois a pintura pode ficar diferente dependendo do número de camadas aplicadas entre a base e o verniz. Caso a tinta base seja de cor clara e o pigmento de pérola seja escuro, a base pode escurecer. Já se a base de tinta é escura e o pigmento da pérola for claro, a cor final pode ficar mais clara se aplicada camadas de pérola em excesso.
Esse acerto de cor se torna mais trabalhoso pois recomenda-se que sejam feitos três corpos de provas de tintas para esse tipo de pintura. Esse corpo de prova é feito com plaquetas para pintura, onde a recomendação é que para a primeira plaqueta deve se aplicar uma camada de pérola, para a segunda, duas camadas, e na terceira, três camadas de pérola. Após a aplicação das camadas de pérola nas plaquetas, deve-se selar as amostras com verniz, que servirão para identificar a quantidade adequada de camadas a serem aplicadas na peça.
Aqui no Brasil, a cor que mais se destaca é a branca. De acordo com a fabricante de tintas PPG Brasil, essa cor corresponde a 40% do mercado de tintas tricoat.