GESTÃO | Mulheres comandam empresa de motopeças

 

No universo das duas rodas, interpretado por muitos ainda como masculino, a empresa paranaense Laquila, que atua no mercado de motopeças, é comandada por três mulheres. O cargo de diretora-executiva é ocupado por Rosy Souza, e as gerências de Suporte Comercial e de Desenvolvimento de Produto são, respectivamente, de responsabilidade das irmãs Iael Trosman e Érica Trosman, sócias-proprietárias da empresa. Além disso, outros cargos de coordenação e gestão são ocupados por mulheres, entre eles as gerências administrativa, financeira e comercial. O perfil feminino não está só nas áreas gerenciais e administrativas: 50% dos colaboradores são do sexo feminino e, na fábrica, a preferência é das mulheres.

“Há atividades que preferimos que sejam feitas por mulheres em razão de um toque de delicadeza. Na fábrica, quase 100% dos cargos é ocupado por mulheres. Elas têm mais atenção no detalhe, o que é da natureza feminina. No processo de checagem, também contamos com as mulheres por esse motivo”, diz Iael. Isso não quer dizer, porém, que a empresa contrate só mulheres. “Nosso foco está nas competências. Pensamos em equidade, em dar oportunidade para todos. Mas tivemos, sim, uma mudança nas gerências que hoje contam com mais mulheres do que antigamente”, ressalta Rosy.

Para chegar aos postos, as três mulheres tiveram que superar barreiras, especialmente durante o processo de importação de produtos oriundos de outros países, e o preconceito em eventos do segmento, como as tradicionais feiras. “Há 12 anos, quando eu comecei, sentia que havia preconceito. Na China, era comum falar e ser ignorada. Eu aprendi a me posicionar e, se for necessário, bater na mesa para ser ouvida”, conta Iael. “Nós fomos muito trabalhadas na área da mecânica, que é a mais complexa do nosso negócio. Entramos em locais e falamos a mesma língua dos outros”, ressalta.

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